LEIS DE MENDEL
As leis de Mendel foram um grande avanço na compreensão da hereditariedade dos indivíduos ao encontrar fatores que se apresentam em características físicas ou fisiológicas em gerações inteiras. Sendo assim, é de suma importância o estudo delas para a ciência moderna, principalmente na área da genética, que permitiu incríveis avanços na medicina e em outras áreas do conhecimento.
QUEM FOI MENDEL?
É importante destacar que Gregor Mendel era um monge austríaco que não tinha formação como os cientistas da época, o que fazia com que seus estudos fossem dificultados pela ética e pela pouca popularidade que tinha. Suas descobertas tão importantes foram descobertas apenas 35 anos depois, em cerca de 1900, pelos pesquisadores Hugo De Vries, Carl Correns e Erich Tschermak-Seysenegg.
EXPERIMENTO
Para realizar o experimento, Mendel utilizou a ervilha-de-cheiro (Pisum sativum), pois o ciclo reprodutivo dela era rápido, gerava inúmeros descendentes, era de fácil cultivo, além de ser hermafrodita. Basicamente, a metodologia de Mendel consistiu em realizar cruzamentos entre diversas linhagens de ervilhas consideradas "puras". A planta era considerada pura por Mendel quando após seis gerações ainda apresentava as mesmas características.
Após encontrar as linhagens puras, Mendel começou a realizar cruzamentos de polinização cruzada. Ele retirava o pólen da flor da ervilha amarela e colova no estame da ervilha verde, por exemplo.
As características observadas por Mendel foram sete: cor da flor, posição da flor no caule, cor da semente, textura da semente, forma da vagem, cor da vagem e altura da planta.
Ao longo do tempo, Mendel foi realizando diversos tipos de cruzamentos com objetivo de verificar como as características eram herdadas ao longo das gerações.
CONSTATAÇÕES DA PRIMEIRA LEI DE MENDEL
“Cada caráter é determinado por um par de fatores que se separam na formação dos gametas, indo um fator do par para cada gameta, que é, portanto, puro”.
Mendel percebeu que ao cruzar várias ervilhas amarelas puras com ervilhas verdes puras, eram geradas 100% de descendentes amarelos, o que mostrava uma certa dominância do caracter amarelo sobre o verde. Essa primeira geração ele chamou de F1. Após isso, ele realizou a autofecundação das ervilhas da primeira geração, o que gerou, no final, uma proporção de 3 indivíduos amarelos para cada 1 indivíduo verde, ou seja, 3:1. Essa geração ele denominou F2. Após todos esses experimentos, Mendel concluiu que, para essa combinação acontecer, deveriam existir dois fatores em cada indivíduo para aquela característica, e que um seria dominante e o outro recessivo. Sempre que em heterozigose, isto é, com um fator dominante e um recessivo, o dominante sempre será expressado; enquanto que o recessivo somente se expressa com outro recessivo. Com essas constatações, Mendel deu fim a várias teorias hereditárias da época, como a Teoria de Herança por Mistura, já que, se fosse verdade, a verde ou a amarela não se expressariam.
CONSTATAÇÕES DA SEGUNDA LEI DE MENDEL
A Segunda Lei de Mendel também recebe o nome de Lei da Segregação Independente dos Genes ou Diibridismo. Ela possui o seguinte enunciado:
“As diferenças de uma característica são herdadas independentemente das diferenças em outras características”.
Nesse caso, Mendel também realizou o cruzamento de plantas com diferentes características. Ele cruzou plantas com sementes amarelas e lisas com plantas de sementes verdes e rugosas.
Mendel já esperava que a geração F1 seria composta por 100% de sementes amarelas e lisas, pois essas características apresentam caráter dominante.
Por isso, fez o cruzamento dessa geração, pois imaginava que iriam surgir sementes verdes e rugosas, e ele estava certo.
Os genótipos e fenótipos cruzados eram os seguintes:
- V_: Dominante (cor Amarela)
- R_: Dominante (forma Lisa)
- vv: Recessivo (cor Verde)
- rr: Recessivo (forma Rugosa)
Mendel descobriu na geração F² diferentes fenótipos, nas seguintes proporções: 9 amarelas e lisas; 3 amarelas e rugosas; 3 verdes e lisas; 1 verde e rugosa.
CURIOSIDADES
- Genética e Cor de Olhos: A cor dos olhos é determinada principalmente por três genes, mas a interação complexa entre eles pode levar a uma ampla variedade de cores, incluindo azul, verde e marrom.
- Genética e Doenças Raras: Algumas doenças genéticas são extremamente raras, afetando apenas um punhado de pessoas em todo o mundo. O estudo dessas doenças ajuda a compreender os mecanismos genéticos subjacentes.
- Genética e Evolução Humana: Acredita-se que a migração dos seres humanos modernos da África para outras partes do mundo tenha ocorrido há cerca de 70.000 anos, com base em evidências genéticas.
- Genética e Clonagem: A clonagem é a criação de um organismo geneticamente idêntico a outro. Dolly, a ovelha, foi o primeiro mamífero clonado a partir de uma célula adulta, abrindo novas possibilidades na pesquisa genética.